Árvore da Mata Alântica está morrendo em massa no litoral norte de SP

O paredão de Mata Atlântica que recepciona quem chega a São Sebastião, no litoral norte paulista, está diferente. O verde tradicional está salpicado de cinza. Aqui e ali, em meio a copas frondosas, esqueletos ressequidos perturbam a vista e denunciam um problema ambiental: os guapuruvus estão morrendo.

Espécie tradicional daquela vegetação, essa árvore (Schizolobium parahybae), que tende a ficar mais alta que a maioria, é facilmente reconhecida pela florada amarela que colore a mata no final do inverno. Há uns três anos, de repente, começaram uma a uma a perder as folhas, secar, descascar e morrer.

O problema foi inicialmente observado no norte de São Sebastião, mas desde então já se alastrou até as praias ao sul do município, atravessou o mar e atingiu Ilhabela e já foi detectado no Jardim Botânico, em São Paulo. Ocorre tanto na mata fechada quanto na área urbana e na beira de estradas, ameaçando cair sobre casas e carros.