Eu me chamo ariramba-pintada, ou ariramba-pintado, ou martim-pescador-pintado, etc. Chego a uns vinte e poucos centímetros de comprimento. Vivo no Brasil todo (ou quase), em outros lugares da América do Sul e na América Central.

Todos os martins (pescadores ou caçadores) são da mesma família, uma família muito grande, que existe praticamente no mundo inteiro. Na nossa família, a mulher tem muitas vezes cores mais bonitas, mais brilhantes, do que o marido.

Quando isso acontece no meio das aves, não sei se você já reparou, é muito comum o marido ajudar a mulher nos trabalhos do choco e da criação dos filhotes, e a mulher ajudar o marido na construção do ninho.

Um dos maiores martins é um martim-caçador da Nova Guiné, o martim-minhoqueiro, especialista em comer minhocas, que ele desenterra com o bico. Outro martim-caçador bem grande (um dos maiores martins, também: uns sessenta centímetros de comprimento, ou quase) é o joão-que-ri, ou martim-gigante (da Austrália e da Tasmânia), que grita dando umas espécies de risadas. No nosso grupo (ordem dos coraciiformes), que tem dez famílias (só duas delas existem aqui no Brasil), acho que a família dos martins-pescadores (ou arirambas, ou pica-peixes, etc.) é a mais conhecida de todas.