Jacutinga

Possui plumagem negra brilhante, com manchas brancas nas asas e as penas do píleo (alto da cabeça) também são brancas, além de bastante alongadas e eriçáveis. Face toda emplumada de negro, com região perioftálmica (em volta do olho) nua, de cor branco-gesso.

A base do bico é azulada. A barbela (saliência da pele na garganta) é larga e provida de pouquíssimas penas. É vermelha em sua porção posterior, enquanto que a anterior é dividida em uma área lilás superior e outra azul brilhante inferior.

O colorido da barbela torna-se bastante acentuado durante o período reprodutivo, enquanto que fora deste, as cores ficam esmaecidas e mesmo a barbela encolhe.

O macho é mais robusto e sua barbela e bico são mais coloridos.

Habitat: Mata alta, abundante em palmitos cujos frutos são seu alimento predileto. Na serra do mar realiza migrações altitudinais seguindo a frutificação das palmeiras, cujos frutos amadurecem mais cedo em altitudes inferiores.

Alimentação: Parte expressiva de seu alimento consiste nos frutos dessas palmeiras, como o palmito e o licuri (Syagrus). Deles, ela retira a polpa no papo e regurgita, em seguida, os duros coquinhos que sobram. Por isso, acredita-se ter papel relevante na disseminação de várias espécies vegetais. Também se alimenta de frutas e insetos. São monogâmicos (possuem somente um/a parceiro/a) e o macho alimenta a fêmea.
Medidas: 700 a 780 mm – Asa: 360 – Cauda: 286 –

Bico: 36 – Tarso: 65.

Nidificação: Podem fazer posturas sobre galhos grossos, ramificações de troncos e rochas, quase sem material de construção.

Reprodução: 2 a 3 ovos brancos resistentes, com convexidade igual nas duas pontas.
Incubação: 28 dias. Os filhotes já nascem com os olhos abertos e movimentam-se livremente, apesar de sempre acompanhados pela mãe, abrigando-se sob sua cauda ou suas asas. Mesmo empoleirados, enquanto seu tamanho lhes permite, abrigam-se embaixo das asas da mãe durante o seu desenvolvimento.

Peso: 1,1 a 1,4 Kg.

Comprimento: 74 a 78 cm.

Ocorrência Geográfica: Espécie nativa da Floresta Atlântica distribuindo-se pela região sudeste do Brasil, do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul. Era encontrada na Serra do Mar, em locais acidentados, semeados de rochas cobertas por mata espessa, onde nidificava. Ocorre também na Argentina, Paraguai e Uruguai.

Cientista que descreveu: Spix, 1825

Categoria/Critério: Ameaçada devido à caça, ao tráfico e à inclemente destruição de seu habitat natural. Vulnerável (classificação da UICN).
Listada no Anexo I da CITES.

Fonte: MMA/SINIMA