Baleia Jubarte

Conhecida por seu caráter dócil, a Baleia Jubarte encanta a todos os que assistem seu balé marcado por acrobacias, saltos e exposições de nadadeiras.

Após 7 meses acumulando reservas de alimentos, que chegam a representar 30 centímetros de gordura, as baleias jubartes saem da Antártida à procura de águas pouco profundas, temperatura amena e movimento tranqüilo. Sua migração sazonal se alterna em áreas de alimentação, em altas latitudes, e áreas de reprodução, em regiões tropicais.

Em Abrolhos, zona costeira do Brasil, encontram as condições ideais para se acasalarem e dar à luz a um único filhote. Ao todo são cerca de 1000 baleias que chegam à região todos os anos, permanecendo lá de julho a novembro.

As jubartes formam grupos de 3 a 8 animais, sempre dirigidas por uma única fêmea. Em meio às 79 espécies de cetáceos, mamíferos com forma de peixe, as baleias jubartes são as únicas que cantam, por isso são conhecidas como baleias cantoras. Seus cantos são ouvidos, costumeiramente, pelos pescadores da região.

Durante todo o período em que permanecem em águas tropicais, as jubartes não se alimentam, utilizando-se apenas da reserva adquirida durante os 7 meses passados na Antártida. Lá se alimentam de crustáceos, denominados krill, além de pequenos peixes.

A baleia jubarte apresenta cor preta em quase toda sua extensão, por isso também é denominada baleia preta. A parte branca localizada na parte de baixo da nadadeira caudal, funciona como uma impressão digital, sendo que não existe uma igual à outra.

As fêmeas são normalmente um pouco maiores que os machos, atingindo 16 metros de comprimento e pesando até 40 toneladas. Outra característica marcante das jubartes: possuem uma nadadeira peitoral muito longa, podendo chegar a 1/3 da extensão total de seu corpo.

A caça indiscriminada de baleias jubartes reduziu sua população para apenas 25 mil animais. Com o intuito de proteger a espécie, em 1996, foi criado o Instituto Baleia Jubarte em Abrolhos, além de terem sido incluídas na lista oficial de espécies em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA.

Fonte: Ecosolidariedade